CRÓNICAS OCUPACIONAIS
Terapia Ocupacional
O Papel da Terapia Ocupacional na Gerontologia

A Terapia Ocupacional é uma profissão na área da saúde que tem em conta o desempenho e o envolvimento ocupacional de cada pessoa, sendo que para isso avalia e intervêm ao nível de três dimensões: a pessoa, com todos os componentes afetivos, cognitivos e motores inerentes à mesma; a ocupação, na área dos autocuidados, lazer e/ou produtividade; e no ambiente, o que inclui o ambiente social, o físico, o cultural e o institucional. De uma forma muito prática, somos os profissionais que se preocupam como o que a pessoa “faz” e se esse “fazer” vai ao encontro dos seus desejos e necessidades. Se não for, avaliamos e intervimos nas áreas necessárias para colmatar essa dificuldade.
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No caso da Gerontologia, poderemos intervir em caso de patologia, como por exemplo demência ou acidente vascular cerebral (AVC), ou no envelhecimento não patológico, uma vez que existem dificuldades cognitivas, físicas e/ou emocionais que surgem nesta fase da vida.
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Os Terapeutas Ocupacionais em Gerontologia poderão exercer funções em lares residenciais, centros de dia, hospitais, clínicas ou no apoio domiciliar, se se verificarem problemas ocupacionais que justifiquem a intervenção.
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Numa faixa etária com tantos acontecimentos como a transição para a reforma; a morte do conjugue; a perda e aquisição de novos papéis ocupacionais; as perdas cognitivas, físicas e/ou emocionais; o processo de revisão de vida; entre outros, é essencial que a intervenção se foque na abordagem às Atividades de Vida Diária (AVD’s), na promoção da participação social, na manutenção de uma rotina significativa, no apoio na transição ocupacional, no apoio na revisão de vida, entre outros aspetos.
O propósito da intervenção da Terapia Ocupacional nesta fase dependerá de caso para caso, mas estará sempre relacionado com a manutenção da qualidade de vida e da identidade ocupacional de cada pessoa.